quarta-feira, 31 de agosto de 2016

O Pai




Bastou duas bolas, um livro de regras, uniforme e um par de chuteiras, e o resto é história.

Charles Miller é considerado o pai do futebol no Brasil, o responsável pelo meu vicio, além disso, ele também foi jogador, artilheiro, juiz, cartola, colaborou, de forma importante, na criação da liga Paulista de Futebol. Não da para negar, o cara era bichão mesmo, hein doido!.

O menino que nasceu no bairro do Brás, na cidade de São Paulo, filho de pai escocês e mãe brasileira com ascendência inglesa, mudou-se para Inglaterra aos dez anos de idade para estudar, e lá conheceu e se encantou pelo futebol. E, em 1894 retornou ao Brasil para trabalhar na São Paulo Railway Company (companhia inglesa de ferrovias), tornando-se também correspondente da Coroa Britânica e vice-cônsul inglês.

Na época de seu regresso, havia somente um clube na cidade, o São Paulo Athletic, fundado em Maio de 1888 pela colônia britânica. Como havia trazido duas bolas da Inglaterra, uniformes e um conjunto de regras, Miller tentou difundir o futebol. O primeiro jogo foi realizado em 15 de abril de 1895 entre Funcionários da Companhia de Gás X Companhia Ferroviária São Paulo Railway..

E a partir dai começou no Brasil, o que viera a ser a nossa maior paixão, o nosso Futebol. Devemos agradecer ao Charles que teve a brilhante ideia de trazer esse esporte para cá, aliás devemos agradecer aos ingleses, que descobriram que ao chutar uma bola a magia acontece.





 

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Amo o Futebol



  Há quem insiste em dizer que futebol é coisa para homem, mas a realidade nas arquibancadas é outra, cada vez mais as mulheres vem conquistando o seu espaço.
  
 E não se assuste se ela sentar ao seu lado para assistir ao jogo, pegar uma cerveja, xingar o juiz, xingar aquele jogador horrível que o técnico insiste em colocar, gritar como se o time estivesse ouvindo, reclamar da pontuação do cartola, falar palavrão. É que ela não se controla, quando se trata de futebol.

 E nem se atreva reclamar desse jeito dela, e muito menos questioná-la sobre seus conhecimentos futebolísticos, acredite se quiser ela vai te responder ou melhor ainda, vai te dar uma aula de futebol jamais vista.
  
 É amigo, comece a se acostumar em ter uma mulher ao seu lado nos jogos, e não se espante se ela preferir o futebol do que você, pois levamos o futebol a sério, amamos, frequentamos, torcemos, viajamos, discutimos tudo em prol desse amor. Somos envolvidas por uma paixão e uma emoção que vem de outras vidas, e nada do que você dizer irá mudar isso.
  
 Como diz aquele ditado né, lugar de mulher é onde ela quiser, de preferência nos estádios.




Sem Rótulos



Então eu nasci e o médico disse  "Parabéns mamãe é uma MENINA" ,  automaticamente fui rotulada, me colocaram um laço, vestidos, roupinhas rosas, me deram bonecas, panelinhas, fogãozinhos, vassourinhas, rodinhos, tudo bem isso não é  problema. Fui crescendo e descobri outros gostos, bonecas não me atraiam mais, queria brinca de jogar bola, bolinha de gude, pipa, jogar taco, futebol, mas  única coisa que eu ouvia era " você não pode brincar com isso, você é uma menina" "Toma aqui sua boneca e larga essa bola", ai começaram os problemas.

Cresci me sentindo estranha, pera ai, eu falei estranha?! Sim, era assim que eu me sentia, a estranha só por causa dos meus gostos por "brincadeiras de meninos", por gosta de futebol. Sempre fui a única menina da sala que gostava disso Fui taxada de varias coisas "Sapatão", "Maria chuteira", "Aposto que só assiste futebol por causa das pernas dos jogadores" " Só fala de futebol para agradar macho", "Aposto que não sabe o que é impedimento".

Muitas vezes eu pensava em desistir do futebol, prometia para mim mesma que iria parar de torcer, parar de acompanhar, iria tentar ser uma menina "normal" ( como se eu não fosse, né), fazer coisas destinadas á menina, mas ai eu pensei: Ué, como assim coisas de meninas? Como assim eu vou mudar meu jeito por causa dos outros?! Percebi, que jamais, em hipótese alguma, devemos desistir daquilo que somos por causa dos outros, não devemos deixar que as opiniões alheias interfiram nas nossas vidas.

Imaginam só se eu tivesse desistido, jamais faria as amizades que eu fiz, jamais teria tantas histórias para contar aos meus netos, jamais viveria momentos únicos que só o futebol é capaz de proporcionar. Eu agradeço a todos que me criticaram e tentaram  me impor um padrão de vida, isso só me deu mais força de vontade, para continuar fazendo aquilo que gosto. Sabe amigos, vou contar um segredinho, a vida é muito generosa e depois que eu passei por cima de todos os preconceitos e olhares tortos, ela me apresentou a arquibancada e lá eu descobri que existem um monte de meninas "estranhas" quanto eu (não era a única, uhuuul kkk), que lá não existem rótulos, ou criticas, estamos todas envolvidas pela mesma ideologia, que é apoiar nosso time.

 Quem são vocês para decidirem meu lugar?! Meu lugar é aonde eu quero, aonde eu me sinta bem, aonde eu sou aceita, eu sou dona de mim e posso ir aonde me convém. Vai ter mulher na arquibancada, sim! Vai ter mulher bebendo, sim! Vai ter mulher falando palavrão, sim! Vai ter mulher xingando o juiz, sim! E se reclamar eu xingo você também, e aliás, quando sua opinião for ingressos para ver meu time, ai você me dá, fora isso guarde para você, porque eu não te perguntei nada. Pronto falei! 

  




 

   


segunda-feira, 29 de agosto de 2016

O maior legado de um clube


Estava aqui pensando, qual será o maior legado de um clube? Será que são os dirigentes? Os jogadores? Ou será que são seus títulos ? Acho que nenhuma dessas alternativas, pois, os dirigentes e jogadores trocam fácil de camisa, trocam de time igual trocam de roupa, suas prioridades é o bolso cheio no final de mês.

Então qual será o maior legado de um time? A resposta é simples, o maior legado somos nós, os torcedores, nós que trabalhamos o mês inteiro para pagar o programa de sócio, nós que contamos moedas para comprar o ingresso, nós que viajamos milhares de quilômetros para apoiar o time, nós que fazemos vaquinha para poder comprar uma nova camisa, bandeira ou quaisquer artigo do clube, nós que se importamos, que fazemos das tripas corações, tudo em prol desse amor que carregamos.

Não medimos esforços quando se trata dos nossos times, não é mesmo? Não importa se está caindo uma chuva dessas de alaga até a alma, ou se está um sol da Etiópia, ou um frio do Alasca, isso se tornam coisas banais quando estamos na bancada quando pulamos e cantamos para os nossos clubes, a chuva seca, o calor refresca e o frio esquenta.

Olhe para o seu time e imagine como seria ele sem você? Imaginou?! Talvez ele não fosse tão grande, talvez sem você a história não seria a mesma, a festa na arquibancada não seria tão linda, toda a história dele, toda as suas conquistas só foram possíveis por causa do seu apoio e sua torcida. Agora imagine você sem ele? Imaginou?! Acho que não conseguiu imaginar, por que não tem como cogitar uma vida sem ele, pois, sem nossos time nós não teríamos vida, ou talvez, não seria essa vida.

Acontece que é uma relação de dependência, um depende do outro para existirem. Um clube não faz somente pelos seus títulos, seus jogadores, sua história, e sim pela sua torcida, pois, sem os torcedores não existiriam títulos, historia, jogadores e nem clube. E sem os clubes não existiriam os torcedores.

Somos nós que permanecemos firmes, somos nós que mantemos aquilo em pé, somos nós que não fugimos quando a fase não é boa, somos nós que não trocamos de clube, somos nós que não ganhamos dinheiro para estarmos ali, estamos por amor, torcemos por amor, passamos por cima dos preconceitos, das criticas por amor, o que ganhamos em troca desse amor? Pode não ser bens materiais, na verdade não ligamos para isso, o que ganhamos em troca o dinheiro não pode comprar, a nossa felicidade e satisfação de ver nossos  times em campo, de ver nosso time levantado uma taça, de saber que tudo aquilo é nosso, sim! É todo nosso, construimos aquilo, vai além  de qualquer cédula.

 Quando falam dos clubes, costumam falar somente de seus jogadores, da sua história e esquecem da verdadeira essência de um time, a torcida. Essa que é bastante hostilizada pela mídia, somos taxados de marginais, generalizaram nosso estilo de vida, dizem por ai que somos um bando de atoas, que fazemos apenas badernas e arrumamos confusões, coitados né?! Eles não conhecem o verdadeiro significado da torcida, não sabem a ideologia que carregamos, ficam nos comparando com esses "bandidos" disfarçados de torcedores, que pena!.  



sábado, 27 de agosto de 2016

O melhor campeonato do mundo




"Como assim o campeonato brasileiro é o melhor do mundo?!" " Você esta ficando louca né, só pode!" "Europa é muito melhor" "Viva o campeonato europeu". Antes que você pense uma dessas frases eu quero te lembrar que, o futebol não se ganha só na técnica, existe milhões de outros motivos que torna esse esporte tão maravilhoso.

Você pode não achar o campeonato brasileiro o melhor do mundo, tudo bem, as coisas por aqui não está lá aquelas coisas, o futebol brasileiro perdeu a sua áurea, sua essência, e a má administração e a corrupção vem fazendo com que nosso futebol respire por aparelhos.    

Mesmo com todos os problemas que enfrentamos, continuamos tendo o melhor campeonato do mundo, não amigos, eu não bati com a cabeça, não estou bêbada e não fiquei louca (eu acho kk). Qual é o campeonato mais equilibrado do mundo? Qual o campeonato com mais lideres? Qual o campeonato que do primeiro ao ultimo todos tem chances de serem campeões ou de cair de divisão? Qual campeonato mais disputado ? Qual campeonato que tem as torcidas mais apaixonadas? Qual campeonato que exporta mais jogadores para o futebol exterior ? Alguém sabe as respostas? Isso mesmo que você pensou, não poderia ser ninguém mais ninguém menos que o meu, o seu, o nosso, campeonato brasileiro.

Vai dizer que não somos os melhores?! Concordo que a Europa nos dá um banho de nível e técnica, a estrutura deles é de outro mundo, mas não ficamos por baixo, podemos perder no quesito técnica, mas ganhos no quesito raça, podemos perder no quesito nível, mas ganhamos no quesito vontade e entrega. 

E cá entre nós, eles não tem um Domingo em família vendo futebol, escutando Raça Negra e comendo churrasco com cerva, eles não tem as zoeiras daqui, não tem cartola, eles não tem Didico, Paulo Bayer, Yago Pikachu e o Bruxo. Depois dessa, eu encerro minha jogada e viva nosso BR 

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

#SomosTodasDaResenha




Marta é a melhor representante das mulheres que eu conheço, é admirável a forma que ela quebra todos aqueles estereótipos que nós temos. Primeiro de tudo, jogadora de futebol, não é " apenas uma jogadora" é a jogadora, rainha da porra toda, saiu lá do sertão de Alagoas e foi conquistar o mundo, dentro de um esporte extremamente machista.

Além disso, ela curte uma resenha com bastante danone com o Aloisio chulapa, quem diria né?! Quem disse que mulher só gosta de shopping, cinema, aquelas coisas fru-fru? Há mulheres que curtem, resenha, samba e cerva, e não somos menos que as outras. Apenas curtimos nossas vidas de outra maneira.

Já passou da hora de parar de achar, que mulher tem que ser daquelas tipo princesinha, mulher pode ser aquilo que ela quiser, princesa, boleira, da resenha, tanto faz! Todas tem o mesmo valor. Só queremos barzinho, litrão e dançar Raça Negra a noite inteira  


terça-feira, 9 de agosto de 2016

A estrela da Silva, brilha em ouro


Como assim? falando de judô? Calma amigos não se espante, aqui falamos de futebol, porém abrimos exceções quando se trata de ouro e uma superação incrível, aliás o esporte é muito amplo para focar somente em futebol.

Ontem o dia foi dela, Rafaela Silva primeira brasileira conquistar um titulo mundial de judô. Engana-se quem pensa que a trajetória dela até o ouro foi fácil, na verdade foi árdua, difícil, imagine você nascer na Cidade de Deus uma das maiores favelas do Rio de Janeiro, imaginaram? Então, acrescenta todos os problemas que um morador de favela enfrenta, faltas de oportunidades, falta de infraestrutura, e afins, mas ai o esporte entra e muda uma história.

Rafaela conheceu o judô porque brigava muito na rua, bastou um quimono, o exemplo da irmã Raquel, apoio da família e ela foi conquistar  mundo. Mas no ano de 2012 recebeu um golpe, daqueles que não fere o corpo e sim a alma, após a eliminação nas olimpíadas de Londres recebeu uma  chuva de insultos racistas, e quis por o fim na sua carreira. Em reportagem ao Globo Esporte ela disse: “E eu cheguei no quarto, peguei meu celular querendo um amparo, uma ajuda, uma mensagem e só tinha mensagem falando que lugar de macaco era na jaula, não era na olimpíada, que eu era a vergonha pra minha família, então, eu acho que doeu muito.”

Mas, com o apoio da sua família, amigos e de seus mentores ela não desistiu e um ano após aquele episódio triste de sua carreira, ela deu a volta por cima e se tornou a primeira brasileira campeã mundial, com cinco vitórias em cinco lutas. Colocando o nome dela na historia do judô.

“Então eu acho que eu pude provar o que eu queria que era mostrar que eu sou capaz que eles estavam me criticando num momento de derrota mas que eu poderia dar a volta por cima. Um ano antes eu queria desistir do esporte e um ano depois eu me tornei a primeira brasileira campeã mundial de judô.”

E agora ela ganhou a medalha de ouro para o Brasil, na verdade a primeira medalha de ouro nossa nesses jogos olímpicos. E há quem diga que é apenas uma luta, apenas um jogo, apenas esporte,  nunca será "apenas". O esporte  transforma. Parabéns Rafaela Silva!


segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Mostra tua força Brasil


Seleção brasileira aquela velha historia de amor e ódio, aquele velho dilema entre torcer e desistir. Quando falamos de seleção já vem á cabeça aqueles lances dos Ronaldos, o titulo de 2002, aquela magia toda com a bola, imaginar seleção é imaginar Pelé, Zagallo, Zico os 4 R's, tempos de triunfo. Mas agora a seleção é outra, o cenário do futebol brasileiro também é outro.

Desistir? jamais! Imagina se estivéssemos desistido em 98 quando Zinédine Zidane acabou com os nossos sonhos, talvez não seriamos pentacampeões em 2002. Acontece que faz parte do jogo, erros, tropeços, isso tudo esta incluso no pacote, a partir do momento que se entra em campo tudo pode acontecer.

Que o futebol brasileiro está em declino isso é fato, há tempos que as coisa vem decaindo e nada é feito, o orgulho da seleção já não existe mais, foi-se o tempo que os jogadores honravam a amarelinha, antes queriam visibilidade para jogarem pela seleção, hoje querem visibilidade para jogarem na Europa. 

É uma junção de uma má administração, jogadores desmotivados,com mídia e torcedores cobrando, e parece que nossos meninos não estão dando conta, eles ate tentam, se esforçam, mas parece que não vai, parece que não encaixa, é um peso da camisa, da tradição, das 5 copas, de um passado glorioso e um presente pife. É como se jogassem a responsabilidade de um pais inteiro em cima dos moleques. 

Não! não estou aqui passando a mão em cima da cabeça deles, pelo contrario eu sempre cobro raça e mais comprometimento com a camisa da nossa seleção, mas eu entendo que o momento não é dos melhores, ao invés de ficar comparado futebol feminino com o masculino, comparar Marta com o Neymar, resolvi apoiar. Temos tantos talentos naquela seleção, tantos meninos que tem futebol, o futuro não esta perdido, só esta mal administrado.

Mostra tua força Brasil, eu sei que vocês podem mais que isso, tá na hora de apertar o Start e jogarem de verdade. Vai Brasil. Rumo ao ouro



sábado, 6 de agosto de 2016

7x2



Não há adjetivos que possam expressar  a abertura do jogos olímpicos Rio 2016. Um show? um concerto? uma obra de arte? Não amigos, foi mais que isso, quaisquer tipos de palavras ficam pequenas perto da grandeza desse espetáculo. Aposto que os Deuses olímpicos desceram ao Maracanã e contemplaram a festa.


 Não será prepotência da minha parte em dizer que foi a melhor abertura que o mundo já teve, em campo vimos uma exaltação da nossa cultura, teve samba, funk, MPB uma mistura louca com a cara do Brasil. Deixamos bem claro para o mundo que por mais que estamos enfrentando problemas, continuamos arrasando nas festas com um belo sorriso no rosto e muito samba no pé.



As coisas não estão boas, a saúde continua precária, a educação fraca, o pacote de feijão ainda está caro, o povo continua sofrendo e passando por perrengues, mas o legado que deixamos para o mundo na noite do dia 05 de Agosto de 2016 vai muito além disso. Mostramos a capacidade que temos de nos reinventamos, a capacidade de levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima. Definitivamente uma noite para resgatamos aquele velho e bom orgulho de ser brasileiro, orgulho de morar nesse pais tão lindo, tão acolhedor, só está mal administrado, mas a mudança vem em outubro. 

E para vocês que acharam que não ia ter olimpíadas, vai ter sim! Com direito a um espetáculo, um lacre, um tombo, um arraso, porque isso é Brasil   


sexta-feira, 5 de agosto de 2016

vem, que vai começar






Hoje começa a 31ª edição dos jogos olímpicos, que ocorre pela primeira vez no Brasil, ou melhor ainda pela primeira vez na América do Sul, durante 19 dias serão disputadas 42 modalidades.

O Brasil ficou responsável por sediar esse evento esportivo, e pouco importa se não estamos em uma boa situação, se não temos uma boa "estrutura", o que importa de verdade é que vamos fazer desse evento uma grande festa.

 Não sei se será a melhor olimpíadas da historia, na verdade isso não vem ao caso. O que interessa é que é a nossa olimpíada, vamos fazer dela a melhor possível, vamos curtir, aproveitar. O esporte transformar.    

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Mãe, entenda










Domingo ao chegar em casa após o jogo, ouvi minha mãe me dizer: "Quero vê quando você vai parar com essa vida". Como assim parar com essa vida?! Por um momento pensei até que estava no caminho errado, parecia que eu tinha acabado de assaltar um banco, ou estava por ai usando drogas, mas não! Nada disso, apenas tinha acabado de chegar do estádio.

É difícil para as mães aceitarem o nosso amor pelo nossos clubes, é difícil para elas verem suas filhas indo ao estádio, acompanhando esse esporte, amando, torcendo. Parece ser uma tarefa muito complicada aceitarem  que nem todas meninas gostam de bonecas, nem todas usam rosa, nem todas são viciadas em maquiagens e produtos de beleza, nem todas gostam de passear no shopping aos fins de semana. Algumas gostam de bola, gostam de usar camisas de times, são viciadas em futebol, preferem passar os fins de semana nos estádios.

Mãe, entenda, não sou menos menina por causa disso, entenda que eu amo esse esporte, entenda que na bancada é aonde eu me encontro, aonde eu me sinto aceita, aonde eu fujo dos preconceitos alheios, todos que estão ali tem o mesmo ideal. Não mãe! Isso não é só uma fase rebelde minha, isso não vai passar, é meu estilo de vida, eu escolhi viver dessa forma, quando estiver bem velhinha ainda vou continuar sendo da bancada.  

Ao invés de me proibir ou me criticar, por que não vem junto comigo?! Uso camisa de time, vou ao estádio, falo palavrão, xingo o juiz, mas continuo sendo sua menininha.  

 


SÃO PAULO COMEMORA SEUS 88 ANOS E É CAMPEÃO DA COPINHA PELA 4° VEZ

É DIA DE COMEMORAR EM DOBRO.. A equipe tricolor paulista venceu pela quarta vez o titulo da Copa São Paulo de Futebol Júnior 2019....