Como assim? falando de judô? Calma amigos não se espante, aqui falamos de futebol, porém abrimos exceções quando se trata de ouro e uma superação incrível, aliás o esporte é muito amplo para focar somente em futebol.
Ontem o dia foi dela, Rafaela Silva primeira brasileira conquistar um titulo mundial de judô. Engana-se quem pensa que a trajetória dela até o ouro foi fácil, na verdade foi árdua, difícil, imagine você nascer na Cidade de Deus uma das maiores favelas do Rio de Janeiro, imaginaram? Então, acrescenta todos os problemas que um morador de favela enfrenta, faltas de oportunidades, falta de infraestrutura, e afins, mas ai o esporte entra e muda uma história.
Rafaela conheceu o judô porque brigava muito na rua, bastou um quimono, o exemplo da irmã Raquel, apoio da família e ela foi conquistar mundo. Mas no ano de 2012 recebeu um golpe, daqueles que não fere o corpo e sim a alma, após a eliminação nas olimpíadas de Londres recebeu uma chuva de insultos racistas, e quis por o fim na sua carreira. Em reportagem ao Globo Esporte ela disse: “E eu cheguei no quarto, peguei meu celular querendo um amparo, uma
ajuda, uma mensagem e só tinha mensagem falando que lugar de macaco era
na jaula, não era na olimpíada, que eu era a vergonha pra minha família,
então, eu acho que doeu muito.”
Mas, com o apoio da sua família, amigos e de seus mentores ela não desistiu e um ano após aquele episódio triste de sua carreira, ela deu a volta por cima e se tornou a primeira brasileira campeã mundial, com cinco vitórias em cinco lutas. Colocando o nome dela na historia do judô.
“Então eu acho que eu pude provar o que eu queria que era mostrar que eu
sou capaz que eles estavam me criticando num momento de derrota mas que
eu poderia dar a volta por cima. Um ano antes eu queria desistir do
esporte e um ano depois eu me tornei a primeira brasileira campeã
mundial de judô.”
E agora ela ganhou a medalha de ouro para o Brasil, na verdade a primeira medalha de ouro nossa nesses jogos olímpicos. E há quem diga que é apenas uma luta, apenas um jogo, apenas esporte, nunca será "apenas". O esporte transforma. Parabéns Rafaela Silva!
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