quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

A primeira vez a gente nunca esquece


 Praticamente toda menina quando nasce, é rotulada com lacinhos, coisas rosas e de "meninas" e principalmente não ver futebol, e comigo não foi diferente.

Sempre era louca para ir ao estádio, via a torcida cantando de uma forma inexplicável apoiando o time a cada jogo, e eu queria fazer parte disso.

Todo jogo do Galo em casa, eu implorava minha mãe para deixar eu ir e ela sempre vinha com um "Futebol não é coisa de menina" "Em estádio só tem marginal" entre outras coisas típicas da maioria das mães.

E foi assim, ate que certo dia meu irmão chegou em casa falando que ia pro jogo e ia me levar com ele, já que eu não parava de reclamar quando ele ia e me deixava em casa.

02•12•12, uma das melhores datas da minha vida. Era um clássico no Independência contra o Cruzeiro, meu primeiro jogo e é um clássico, não tinha emoção maior.

Chegando perto do estádio, imaginei como seria a festa da torcida, aquelas coisas que se via na televisão. Mas chegando nas redondezas percebi que não era nada do que eu imaginava.

Vi a torcida cantando, uma coisa de louco, empurrando o time os 90 minutos, pessoas chorando ao meu lado com cada lance do jogo. Realmente algo inexplicável.

Num jogão movimentado, com vários gols e expulsão pros dois lados, o Galo saiu com a vitória por 3x2 e terminamos o Brasileirão na vice-liderança, com 72 pontos, atrás do Fluminense, que somou 77.

Fui crescendo e me apaixonando cada fez mais pelo meu time e pela arquibancada, lá era meu lugar, eu me sentia bem. Na bancada vivenciei melhores e piores momentos da minha vida, como aquela derrota amarga pro rival ou aquela classificação sofrida do nosso time. Lá é meu lugar e agora ninguém pode me impedir.

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